Estudantes tomam as ruas de Porto Alegre contra fim do meio passe, salários em atraso dos servidores do RS e cortes na educação

Cerca de 5 mil estudantes secundaristas ligados a União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (Umespa) e a União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) protestaram nas ruas de Porto Alegre, na manhã de sexta-feira (30/08), em Porto Alegre.

Servidores públicos e professores também participaram do ato dos estudantes contra fim do meio passe estudantil em Porto Alegre, atraso dos salários dos servidores públicos e professores estaduais, contra a reforma da previdência e o corte no orçamento da educação promovido pelo Governo Federal.

A mobilização começou por volta das 9h, com concentração dos estudantes na frente do colégio estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. Às 10h, o grupo acompanhado de um caminhão de som iniciou a caminhada pela avenida João Pessoa com destino ao Centro Administrativo Fernando Ferrari, na avenida Borges de Medeiros. Eles passaram ainda pelo Paço Municipal onde protestaram contra o prefeito Nelson Marchezan Júnior.

A presidente da Umespa, Vitória Cabreira, disse que o ato foi organizado para marcar o mês do estudante (agosto) e fortalecer a luta da categoria em diversas frentes.

“Estamos protestando porque o governo do prefeito Nelson Marchezan Júnior passou o projeto do meio passe na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sem diálogo com os estudantes. Estamos aqui para defender o meio passe para o estudante, mas também para denunciar o atraso do salários dos nossos professores. Estamos aqui também para falar sobre os cortes na área da educação do governo Jair Bolsonaro. Hoje, os estudantes secundaristas não têm a garantia de que vão sair e entrar em uma universidade pública”, salientou.

O Projeto de Lei do Prefeito Marchezan (PL 13/2017) tramita na Câmara de Vereadores de Porto Alegre e prevê restrição do benefício somente aos estudantes que comprovarem baixa renda e retira o direito ao meio passe para estudantes do ensino profissionalizantes e pré-vestibulares, o que na visão da UMESPA e UGES só vai prejudicar ainda mais o transporte público de Porto Alegre e, mais grave ainda, aumentar a evasão escolar.

 

 



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